sábado, 8 de setembro de 2012

LINHAS UMBANDA,CANDOMBLÉ E QUIMBANDA


RELAÇÃO ENTRE AS LINHAS UMBANDA, QUIMBANDA E CANDOMBLÉ







Para entender melhor a relação entre as ações das entidades que trabalham na linha da Umbanda e Quimbanda. Mostrarei agora, onde se encontra esta ligação e o nome adequado que cada linha da as suas entidades. 
Linhas da Umbanda Linhas da Quimbanda
Linha de Oxalá Linha Malei
Linha de Ogum Linha do Cemitério
Linha de Oxossi Linha dos Caboclos da Quimbanda
Linha de Xangô Linha de Mossorubi
Linha de Yorimá Linha das Almas
Linha de Ibêji Linha Mista
Linha de Yemanjá Linha Nagô



Há ainda outros elos de ligação entre os Orixás da Umbanda com os Exus da Quimbanda. 
No caso do Orixá Ogum, há várias correspondências com cada uma das sete Linhas da Quimbanda. 

Ogum de Malei Linha Malei
Ogum Megê Linha do Cemitério
Ogum Rompe Mato Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha de Mossorubi
Ogum Megê Linha da Almas
Ogum Xoroquê Linha Mista
Ogum de Nagô Linha Nagô

NA LINHA DO ORIXÁ XANGÔ 
Misticismo: São Jerônimo - (São João Batista, São Pedro)
Senhor da justiça, protege seus filhos, mas também os puni, quando saem fora da Lei.
Símbolo: machado de duas faces e estrela de 6 pontas
COR: marrom
AMALÁ: 7 velas marrons e 7 velas brancas, cerveja preta, camarão, quiabo, fitas marrom. Oferece na pedreira, sobre uma pedra grande e bonita ou sobre uma pedra ao lado da cachoeira. 
ERVAS: Folhas de Limoeiro, Erva de Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira, Erva de Xangô. 
















APADRINHADOS DE XANGÔ E OMULU


Exu do Fogo
Exu Vulcão
Exu João Caveira
Exu do Lodo, entre outros.

Pomba-Giras:

Maria Padilha, Rosa Caveira, Pomba-Gira Rainha, Sete Saias, Rainha das Sete Encruzilhadas, Maria mulambo, Maria Quitéria entre outras.







Os 16 múltiplos de Exú

Exú Yangui: Exú ligado a antigas e grandes sacerdotizas de Oxun.
Exú Agbà: o ancestra.
Exú Igbá ketá: o exú da terceira cabaça
Exú Okòtò: o exú, o infinito.
Exú Oba Babá Exú: o rei pai de todos os Exús
Exú Odàrà: o senhor da felicidade ligado a Orinxa’Lá
Exú  Òsíjè: o mensageiro divino
Exú Elérù: o Senhor do carrego ritual.
Exú Enú Gbáríjo: a boca  dos Orixás.
Exú Elegbárà: o senhor do poder mágico
Exú Bárà: o senhor do corpo
Exú L’Onan: o Senhor dos caminhos
Exú Ol’Obé: o senhor da Faca
Exú El’Ébo: o Senhor das oferendas
Exú Alàfìá: o Senhor da satisfação material
Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.

Exús que acompanham vários Orixás.
Exú Akesan: comando de Oxumaré.
Exú Jelu ou Ijelu: comando de Oxalufun.
Exú Ína: responsável pela cerimônia do Ipadé ( o ritua)l.
ExúÒnan: comando de Oxun, Oyá , Ogun, cuida da  porteira do Ketu.
Exú Ajonan: seu culto é forte na  região Ijesa.
Exú Lálú: comando de Odé, Ogun, Oxalá.
Exú Igbárábò: comando de Yemanjá, Xangô.
Exú Tìrírí: comando de Ogun
Exú Fokí ou Bàra Tòkí: comando de Oyá e vários orixás
Exú:Lajìkí: ou Bára Lajìkí: comando de Ogun, Oyá e as posteiras.
Exú Sìjídì: comando de Omolú, Nanã, etc
Exú Langìrí : comando de Osogiyan
Exú Álè: comando de Omolú
Exú Àlákètú comando de Oxóssi
Exú Òrò: comando de Odé, Logun
Exú Tòpá/Eruè comando de Ossayin
Exú Aríjídì: comando de Oxun
Exú Asanà: comando de Oxun
Exú L’Okè: comando de Obá
Exú Ijedé: comando de Logun
Exú Jinà: comando de Oxumarè
Exú Íjenà: comando de Ewá
Exú Jeresú: comando de Obaluaiye
Exú Irokô; comando de Iroko








Exú foi o primeiro a nascer, é o símbolo do elemento da procriação. Mensageiro dos Orixás,  faz a ligação entre as divindades e os homens.
É um orixá, a primeira divindade a receber as oferendas, justamente para que atue como um aliado e não como um rival que perturbe os procedimentos desenvolvidos durante os rituais.

Exú não pode ser isolado, Ele é como o axé ( ele representa e transporta), participa de tudo. Segundo Ifá cada um tem seu próprio Exú e seu próprio Olorún em seu corpo. O nome de Exú é conhecido, invocado e cultuado junto ao Orixá.  É Ifá quem revela e permite-nos saber.

Exú ganhou este poder de  Olorúm, que entregou-lhe o Adó-iràn (a cabaça que contém a força que se propaga). Esta cabaça, está presente em seus "assentos", é uma cabaça de pescoço grande,  basta Exú apontá-la a algo para transmitir seu axé.
O Òkòtó representa o crescimento Agbárá  é  poder que permite a cada um se movimentar e desenvolver suas funções e seus destinos e  recebe o título de Elegbára (senhor do poder).
Oxé-tuwá, se dirige diretamente de Exú, tem a missão  de ser encarregado e transportador das oferendas( Òjise-ebo).
Exú Elegbára = senhor do poder,  contém muitas definições e funções. Comando de Ogum.
Exú Yangi = pedra vermelha de laterita, pedaços de laterita cravados na terra, onde o culto de Exú. Yangi é o simbolismo  mais importante de Exú , é assim invocado:
EXÚ YANGI: OBÁ BABÁ EXÚ
EXÚ YANGI: rei, pai de todos os Exú.
Exú Yangi é o Exú ancestral, o Exú Agbá.
Exú Àgbá : pai-ancestre (representação coletiva de todos os Exús individuais)
Exú Obá : rei-de-todos
Exú Alakétu:  rei do povo Kétu -
Exú Elebo : senhor-das-oferendas
Exú Ojìse-ebo : encarregado e transportador de oferendas
Exú Elérú : senhor do erú (carrego)
Exú Olòbe : proprietário e senhor da faca
Exú Enú-gbárijo : o que transmite as mensagens
Exú Bara : o rei do corpo
Exú Odara : aquele que guia


Exú usa a  arma, o ogó
Seu  bastão em forma de pênis, sua lança
As cabacinhas representam seus testículos.
Exú é cultuado tanto como lésè-égún, como lésè-orixá, e apenas por seu intermédio é possível cultuar os orixás e as Iyá-mi (mãe ancestre). Não é apenas Òjisé-ebo, mas principalmente Òjisé, o mensageiro, fazendo a comunicação entre tudo que é oposto.

Com efeito a relação entre Exú e Ifá, é uma realidadel, Exú está representado em um das principais emblemas característicos do culto à Ifá  (o òpón), onde  sua representação é em forma de rosto, de triângulos e losangos. É o princípio de vida individual e de Òjise ou elemento de comunicação, que Exú Bará está indissoluvelmente ligado à evolução e ao destino de cada indivíduo. Como tal ele também é senhor dos caminhos Exú Olònà, e ele pode abri-los ou fechá-los.
Exú fica à esquerda dos caminhos. O elemento procriado, é a prova do poder das Iyá-mi, é o pássaro, o Elèye. Exú foi o primeiro a usar ekódide (pena de uma espécie de papagaio) na cabeça. Alguém que coloca ekódide (pena de papagaio) na cabeça sem necessidade, provoca a cólera de Exú.
Os primeiros missionários que chegaram à África, compararam-no ao diabo, por algumas de suas formas, artimanhas e poderes atribuídos. Ele tem as qualidades dos seus defeitos, pois é dinâmico e jovial, havendo mesmo pessoas na África que usam orgulhosamente nomes como Èxúbíyìí (concebido por Exú), ou Èxùtósìn (Exú merece ser adorado).
Na histórica, Exú teria sido um dos companheiros de Odùduà, quando da sua chegada à Ifé, e chamava-se Exú Obasin. E é junto com  Orúnmilá, que preside a adivinhação pelo sistema de Ifá. Segundo, Exú, tornou-se rei de Kêto sob o nome de Exú Alákétu. É Exú que supervisiona as atividades do rei em cada cidade: o de Oyó é chamado Exú Akesan.

O Sistema de Ifá, embora bastante contestada por pesquisadores posteriores, a relação recolhida e apresentada por Roger Bastide e Pierre Verger, hoje é utilizada e até citada por vários adivinhos. 
  

ENTIDADE BÚZIOS ENTIDADE BÚZIOS
Exú
01 abertos e 15 fechados Obá
15 abertos e 01 fechados
Ibeji 02 abertos e 14 fechados Oxumaré
14 abertos e 02 fechados
Ogum
03 abertos e 13 fechados Omulú
 13 abertos e 03 fechados
Xangô
04 abertos e 12 fechados Ossaim
12 abertos e 04 fechados
Yemanjá
 05 abertos e 11 fechados Logunedé
11 abertos e 05 fechados
Yansã
06 abertos e 10 fechados Oxum
10 abertos e 06 fechados
Oxossi
07 abertos e 09 fechados Nanã 09 abertos e 07 fechados
Oxalá
08 abertos e 08 fechados Lance nulo 16 abertos ou fechados
 Assim, a ordenação aberto-fechado determina que Orixá está falando e o espaço entre os búzios indica o que ele está dizendo, o que está acontecendo à pessoa, não apenas em relação aos seus Orixás, “os donos de sua cabeça”, mas também como outras entidades estão influenciando positivamente ou negativamente em sua vida.  São propostos trabalhos e obrigações para o re-equilíbrio energético da pessoa em consulta.
 As respostas são decifradas através de lendas e das estórias dos deuses que, são transmitidas de geração em geração através da tradição oral. O jogo requer bastante intuição para interpretar as diferentes caídas formadas por eles, mas também um conhecimento oral do conjunto da tradição mística dos Orixás. O sacerdote de Ifá era, chamado de Babalawô.  Eles tinham o aprendizado de séculos de conhecimento armazenado pelo culto. 
SIMBOLISMO NO CANDOMBLÉ
O Candomblé é um conjunto audiovisuais, degustativos, olfativas e táteis (as comidas, incensos e ervas). Usadas através de oferendas e sacrifícios, com linguagens específicas para nutrir de energia, o Axé. 
 Ao processo ritualístico é pela, energia de um Orixá, chama-se “assentamento”. Onde é utilizado  objetos (pedras, amuletos, instrumentos ritualísticos) que representam cada Orixá, depois de um ritual. É comum o uso do Òtá (pedra). Ele fica mergulhado em líquidos e substâncias, guardadas em quartinhas vedadas com panos coloridos e com símbolos bordados, dependendo do Orixá.
Os líquidos mais comuns são o mel, o azeite-de-dendê e a água macerada com ervas do santo. São utilizadas águas de diferentes procedências: água do mar, dos rios, da chuva, etc., Os líquidos ou “Abós” são preparados ritualmente com algumas gotas de sangue animal e com cantos secretos feitos apenas pelos Babalorixás. Mas  na água de Xangô é usado um preparo a  partir de uma “pedra de raio” (meteorito), em que o Otá é que imanta o líquido da quartinha. 
  
  

ORIXÁ SUA COR SAUDAÇÃO DOMÍNIO ELEMENTO
Oxalá 
Branco Axé Babá! A Criação O CÉU
Yemanjá 
Branco e Prata Odoiá! A Maternidade O MAR
Iroko Branco e Cinza Iroko i só! O Tempo GAMALEIRA (árvore)
Oxumaré
Vermelho e Amarelo Arô Boboi! A Alternância dos Opostos O ARCO-ÍRIS E A COBRA
Omulú
Branco e Preto Atotô! Sofrimento e dor A DOENÇA
 Nanã Burukê 
 Roxo Salubá! A Morte LAMA, LODO PÂNTANOS
Ibeji
Várias Cores Vivas Bejê Orô! Os Jogos CRIANÇAS
Logunedé
Amarelo e Azul Claro Logum ou Oriki! A Caça e a Pesca RIOS E FLORESTA
Obá 
Amarelo e Vermelho Obá Xireê! A Culinária CACHOEIRAS
Oxum 
Amarelo Ora ieiê! A Beleza ÁGUA DOCE
Iansã 
Marron Avermelho Epahei! Os mortos A TEMPESTADE
Xangô
Vermelho e Branco Kauô-Kabisselê! Raio e Trovão (Justiça) PEDRAS E MONTES
Ossaim
Azul e Vermelho Ue-eô! Cura e Liturgia FOLHAS
Oxossi 
Verde e Azul Claro Okê Arô! Animais da Floresta MATAS
Ogum
Azul Escuro Ogunhê! Caminhos e Guerra FERRO
Exú
Preto e Vermelho Laroiê! Portas e Encruzilhadas FOGO
Todos os assentamentos são periodicamente alimentados por sacrifícios e oferendas de cada entidade, de forma a reenergizar seu Axé. Tal energia é armazenada nos pontos centrais do terreiro e utilizada  para imantar novos objetos ritualísticos ou para a manifestação das entidades em seus filhos. O “assentamento” é à pedra fundamental do terreiro (onde por ocasião da inauguração são enterrados diversos objetos referentes ao santo da casa) e ao processo de iniciação ritual de um filho no santo ( Iaô), para designar o momento em que a força  do Orixá é fixada na cabeça do Iaô; são três tipos de assentamentos  e três processos de realimentação energética.
Todos os candomblés tradicionais têm assentamentos na casa, aqueles pertencentes ao Orixá, que o terreiro é dedicado. Estes assentamentos são enterrados por ocasião da cerimônia de inauguração do local, na pedra fundamental da casa ou sob o “Ixé”, um mastro central onde se asteia a bandeira com os símbolos gráficos do Orixá padroeiro. Na entrada de todos terreiros, costuma existir uma Gameleira-Branca, árvore consagrada a “Iroko” (o Tempo), que é plantada segundo rituais prescritos e também deve ser considerada um assentamento da casa. Este Orixá responde pelas mudanças climáticas e meteorológicas, é uma espécie de guardião do terreiro. Caso exista no local a presença de outras forças naturais (cachoeiras, rios, pedreiras, etc.) também podem haver assentamentos específicos para os Orixás correspondentes
OBRIGAÇÕES 
De uma forma geral, estes assentamentos são alimentados de “Ossé” anual, que é uma grande festa de limpeza do altar e de todo terreiro. Quando são servidos alimentos ritualísticos especiais para todos os Orixás e nas festas públicas de cada um dos santos, conforme o calendário  tradicional. Apesar do caráter Afro das culturas africanas, o calendário original do candomblé era marcado pelos eventos das quatro estações climáticas, com o solstício de inverno (junho) dedicado aos principais Orixás masculinos (Ogum, Xangô, Oxalá) e o solstício de verão (dezembro) consagrado aos Orixás femininos (Iansã, Oxum, Yemanjá). Nunca houve um único calendário para o culto dos Orixás. No Brasil, a fiscalização que os feitores das fazendas onde trabalhavam os escravos africanos, exerciam e a repressão em geral aos cultos do candomblé. Fizeram com que os negros adaptassem os cultos dos Orixás as datas das cerimônias católicas.  
  

DATA SANTO DO DIA CELEBRAÇÃO
20 de janeiro São Sebastião Festa de Omulú (BA) 
e Oxossi (RJ)
02 de fevereiro N. Sra. das Candeias Festa de Yemanjá (BA)
23 de abril São Jorge Festa de Ogum (RJ)  
e Oxossi (BA)
13 de junho Santo Antônio Festa de Ogum (BA)
24 de junho São João Batista Festa de Xangô
29 de junho S. Pedro e S. Paulo Festa de Oxalá
26 de julho N. Sra. de Sant’ana Festa de Nanã Buruku
24 de agosto São Bartolomeu Festa de Oxumaré
27 de setembro Cosme e Damião Festa dos Ibeji
30 de setembro São Jerônimo Festa de Xangô
02 de novembro Finados Festa de Todos os Santos
04 de dezembro Santa Bárbara Festa de Yansã
08 de dezembro Virgem da Conceição Festa de Oxum
Existem ainda no âmbito do terreiro: a tronqueira, o assentamento do Exú protetor da casa, e o Ilê-Saim, a casa dos mortos (eguns) que ainda estão identificados à vida material. Esses assentamentos, que ficam sempre fora da área do terreiro consagrada aos Orixás, não são alimentados anualmente, mas sim conforme o ciclo lunar de 28 dias e o ciclo diário das marés. No candomblé, o Exú é a entidade que apresenta a freqüência mais densa do plasma (vermelho e preto), a única capaz de estabelecer uma ligação entre os homens e os Orixás. Por isso, ele é requisitado para iniciar todas  as operações rituais do culto. Cada Orixá tem seus próprios Exús, que funcionam como servos ou mensageiros, possibilitando o contato com as entidades. Portanto, antes de qualquer oferenda para os santos, também é sempre feito um sacrifício aos Exús correspondentes. O objetivo destes sacrifícios é manter atuantes os axés dos assentamentos, as forças místicas dos Orixás. O sangue, juntamente com o álcool e a sexualidade, são veículos materiais que emitem as vibrações indispensáveis aos Exús e aos desencarnados em geral atuarem no plano material e também, aos homens penetrarem em outros estados de percepção e consciência.

O assentamento de um Orixá em  um ser humano é realizada através de um processo cerimonial chamado de “iniciação”. Nestes processos o iniciado esteja momentaneamente desarmonizado. Além das cerimônias anuais do calendário, existe um dia da semana consagrado a cada Orixá, que pode ser usado para a entrega de obrigações individuais, feitas de comidas ofertadas e da realização de sacrifícios animais.
As restrições alimentares também condicionam simbolicamente esta identidade permanente entre os homens e os deuses: as proibições consistem em não consumir as substâncias que vibram na mesma freqüência do santo a que se está identificado. Apenas no processo de iniciação estas substâncias são ritualmente ingeridas. Após este período, as comidas características de cada Orixá são proibidas a seus filhos. Caso o indivíduo não obedeça a estas  restrições alimentares a que se encontra submetido e coma-as, desobedecendo o tempo de preceito, ele sofrerá as quizilas (sensação de nojo, mal-estar). 
Também à os motivos da supervisão da identidade psíquica entre o Orixá e o iniciado, eram considerados proibidos os casamentos entre os filhos de um mesmo santo. Na África, visto que os candomblés eram verdadeiras identidades étnicas e haverem laços reais de parentesco entre os grupos que cultuavam uma mesma entidade, esta proibição tinha um sentido genético e cultural.
Mas não se deve pensar que os homens são prisioneiros de um comportamento de meros instrumentos passivos dos deuses: “o santo também é possuído por seus filhos”, que têm um papel ativo, tecendo relações complexas entre os Orixás e a comunidade, multiplicando as relações entre as próprias entidades. O discurso dos iniciados traduz esta reciprocidade claramente. Do mesmo modo que se fala do “seu santo”, costuma-se comentar também que se é o próprio santo, “o Xangô de fulano é rebelde”: “Beltrano é um dos Ogum da casa”. Ou seja: ao mesmo  tempo que os deuses são designados como propriedades dos seus filhos, os iniciados também são propriedades dos Orixás com que estão identificados. Ocorre, assim, um jogo constante de trocas entre o indivíduo concreto e o princípio místico que ele manifesta. Há uma reciprocidade simbólica muito dinâmica entre a entidade e a pessoa.
É esta reciprocidade que se desenvolve simultaneamente em três níveis: o ciclo anual de “firmeza da casa”, o ciclo mensal de realimentação energética dos fetiches e dos abôs, e o ciclo semanal das obrigações individuais dos iniciados. Por: Vlatima Consultas por e-mail: vlatimavandragan@hotmail.com Por celular: (11)969
Cc


Por







AS CABOCLAS(OS) E ORIXÁS





OBJETOS DE USO RITUALÍSTICO

As Velas:

O fundamento ritualístico de acender velas é expressamente sobre os pensamentos sendo eles positivos ou negativos, caso a entidade não aceitar o seu pedido, logo saberá, pelas energias vibratórias negativas, que você irá atravessar. Portanto ao acender uma vela , seja, para entidade, para anjo, deve-se canalizar só pensamentos positivos, nunca peça nada negativo. 
Dentro da magia, tanto no Candomblé, naUmbanda, Quimbanda, bruxaria, a números de velas a serem acesas, de diferentes quantidades a cada Orixá.

Tem que ser um ato de fé, de  mentalização e concentração para acender uma vela. É o momento em que o médium faz uma "ponte mental", entre o seu consciente e o pedido ou agradecimentos à entidade, Ser ou Orixá, em que estiver invocando.

Muitos médiuns acendem velas para seus guias, sem nenhuma concentração. É preciso que se tenha consciência do que se está fazendo, da grandeza e importância, pois a energia emitida pela mente do médium, irá englobar a energia do fogo e juntas viajarão no espaço para promover a materialização dos pedidos emitidos.

O PORQUÊ DAS IMAGENS
As imagens são usadas para elevação das orações e pedidos, como em uma “egrégora” (Templo). Como os negros, na época, não usavam imagens, para melhor entendimento do povo, eles adaptaram as imagens católicas em seus ritos.
O congar de um terreiro de Umbanda,  Candomblé e Quimbanda, tem lado a lado, imagens de santos católicos (estes representando os Orixás) e imagens das entidades (marinheiros, caboclos ameríndios, pretos velhos, crianças, etc). Em terreiros de candomblé cada orixá tem seu lugar, como por exemplo um quartinho, onde ficam os objetos do Orixá.


Guias (Colares /Rosário):
Segundo Rivas Neto e W. Mata e Silva as guias brancas induz às coisas puras. As vermelhas são úteis para expulsar cargas negativas, as amarelas para retirar o mau olhado, as verdes limpam o pensamento atraindo fluídos para a cura, as azuis são calmantes, cor-de-rosa  elevam a mente e as pretas são usadas tanto para quebrar negatividades, como também em alguns cultos usadas para o mal. 
No Candomblé, a cor está associado ao ORIXÀ. Mas á diferenças entre o uso das cores do Orixá entre o Candomblé, Umbanda e Quimbanda.

Na umbanda as cores dos Orixás, são as seguintes:
Para ORIXALÁ – BRANCO
Para OGUM – ALARANJADO
Para OXOSSI – AZUL
Para XANGÔ – VERDE
Para YORIMÁ – VIOLETA
Para YORI – VERMELHO
Para YEMANJÁ – azul claro.
Para Oxum – amarelo
Para Yansã – vermelho
Para Oxumaré – vermelho e branco
Para Omulu (Obaluaê) – vela metade preta e branca

Guias NATURAIS que são guias feitos com elementos naturais, que são elementos da natureza tais como minérios, madeira, sementes, elementos animais como osso, cálcio animal, encontrados nos reinos da natureza tem um valor magnético que constitui um escudo eficaz para os médiuns:

ELEMENTOS MINERAIS:
- Pedras preciosas, semi preciosas, cristais, rochas, etc.

ELEMENTOS VEGETAIS:
Favas, sementes, caules, frutos, etc.

ELEMENTOS ANIMAIS:
Conchas, búzios, ossos, etc.


EFEITO TALISMÂNICO:
Uma guia precisa ser imantada, senão seu valor de proteção, serão nulo, apenas um enfeite. Mas para o verdadeiro médiun, o uso de guias não é tão necessário, porque ele não precisa mostrar aos outros a quantia de entidades que trabalha com ele.















O PORQUÊ DO USO DE ATABAQUES

Existe um ritual correto no uso de atabaques que é desbloquear áreas do inconsciente, porém é na fase inicial, chamado de RITUAL DO TRANSE, nestes rituais podem existe INCORPORAÇÃO DE ENTIDADES.

São os Ogans, responsáveis pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda e Candomblé. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos de cada entidade. Esses pontos cantados, junto com toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira, para ajudar na concentração dos médiuns e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

Os sons emitidas pela curimba (na Umbanda),envolvem todo o terreiro de Umbanda e vão retirando pensamento negativas, energias pesadas das pessoas, limpando e criando  uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. 


A PEMBA 

A pemba é um giz branco usado nos rituais mágicos pelas entidades para traçar sinais cabalisticos que movimentam energias e uma certa classe de espíritos, os elementares.
A Pemba, de origem africana, é um instrumento Ritualístico de grande simbolismo. É normalmente utilizada para riscar pontos pelas Entidades e pelo médium, visando estabelecer Contatos vibratórios com as esferas espirituais.


Por carregar o axé, a Pemba é saudada como um Divino instrumento, dedicando-se até pontos cantados as inscrições feitas com a Pemba.

O fundamento místico de sua utilização está Relacionado à pedra(Elemental Terra). Seu uso estabelece relação entre o universo da Forma espiritual ou etérico. 







OS GRUPOS DE ENTIDADES

Na Umbanda, os  médiuns, recebem espíritos de luz, entidades evoluídas que realizam trabalhos de cura e ajuda física ou espiritual.
Estas entidades incorporadas pelos médiuns são, os chamados Guias. Na Umbanda, como no  Candomblé, se incorporam Orixás. Na Umbanda também é incorporados os  falangeiros, espíritos que seguem a orientação e vibração dos Orixás.
Os Guias têm diferentes grupamentos, formando falanges de entidades.

GRUPOS DE FALANGES NA UMBANDA 

•Principais: 
o Pretos-velhos 
o Caboclos 
o Crianças 
o Boiadeiros 
o Marinheiros 
o Exus/ Pombas-Giras 


• Outras falanges que trabalham em alguns terreiros da Umbanda: 
o Baianos 
o Ciganos 
o Orientais 
o Mineiros/ Cangaceiros.

Na umbanda branca, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual. Que são: 

•Oxalá: 
o Santa Catarina 
o Santo Antônio 
o Cosme e Damião 
o Santa Rita 
o Santo Expedito 
o São Fransisco de Assis 
o São Benedito

Iemanjá: 
1. Ondinas - Naná 
2. Caboclas do Mar - Indaía 
3. Caboclas do Rio - Iara 
4. Marinheiros - Tarimã 
5. Calungas - Calunguinhas 
6. Sereias - Oxum 
7. Estrela Guia - Maria Madalena 

Oxosse: 
1. Urubatão 
2. Araribóia 
3. Caboclo das Sete Encruzilhadas 
4. Peles Vermelhas - Águia Branca 
5. Tamoios - Grajaúna 
6. Cabocla Jurema 
7. Guaranis - Araúna 

• Xangô: 
1. Inhançã 
2. Caboclo do Sol e da Lua 
3. Caboclo da Pedra Branca 
4. Caboclo do Vento 
5. Caboclo das Cachoeiras 
6. Caboclo Treme-Terra 
7. Pretos Guinguelê

•Ogum: 
Praias - Ogum Beira-Mar 
Matas - Ogum Rompe-Mata 
Rios - Ogum Iara 
Das almas - Ogum Megê 
Encruzilhadas - Ogum Naruê 
Malei - Ogum Malei 
Povo de Canga - Ogum Nagô 
Povo Africano (Pretos-Velhos) 
Povo da Costa - Pai Cabinda 
Povo de Congo - Rei Congo 
Povo de Angola - Pai José 
Povo de Benguela - Pai Benguela 
Povo de Moçambique - Pai Jerônimo 
Povo de Luanda - Pai Francisco 
Povo de Guiné - Zum-Guiné




A AREA DEMONÍACA
Para este, o passe da reencarnação foi vedado e são estes, os mais perigosos, aprisionados em sua consciência como se fossem certos, mas estão sempre em estágio estacionário. Mas este é um aspecto dos mais terríveis e perturbadores e que não iremos nos aprofundar para não causar confusão mental. Ok!. 


O AMOR UNIVERSAL

A única coisa eterna é o bem, o Amor Universal; sendo o mal, as vezes , sendo de ordem do próprio Criador, a fim de nos ensinar e doutrinar para o Bem.
O inferno está na consciência de cada um, sendo esta direcionada e escalonada de acordo com as atitudes que se realizem durante as encarnações. Pois a verdade é uma só: podemos enganar aos outros, mas jamais enganaremos a nós mesmos, que somos testemunhas de nossos próprios atos, ninguém escapa do passado e os erros são contados e pesados não somente pelos Tribunais Cármicos, mas muito principalmente pela nossa própria consciência, pois quem já sentiu dentro de si uma fagulha que seja da Verdade e do Amor das Almas, sabe o quanto pesa as atitudes passadas e os atos infelizes realizados contra a natureza e os semelhantes.

A VERDADEIRA ENERGIA DE CADA ORIXÁ.

A verdadeira Encruzilhada ou Roda Cabalística obedece aos pontos cardeais e as entradas e saídas de força que atraem ou repulsão os elementos e mantém a transformação da vida.
 As Linhas de Força, que possibilitam as transformações são a substâncias da Energia do Orixás.

• Pai Oxalá – senhor da energia etérica.

• Mãe Yemanjá – senhora da energia das águas salgadas

• Mãe Oxum – senhora das energias das águas doces.

• Pai Oxumarê – senhor das energias dos ciclos da vida

• Pai Ogum – senhor das energias dos metais

• Mãe Yansã – senhora das energias do ar

• Pai Xangô – senhor das energias do minerais

• Mãe Obá – senhora das energias das águas revoltas.

• Ibeji – senhor das energias da espiritualidade

• Oxossi – senhor das energias da fauna

• Ossain – senhora das energias da flora

• Omulú/Obaluaiê – senhor das energias da terra

• Nanã Buruquê – senhora das energias das águas paradas

• Yewá – senhora das energias das fontes

• Logunedé – senhor das energias das beiras dos rios junto das matas

• Kitembo – senhor das energias do tempo cronológico

• Exu – senhor das energias magnética telúrica

• Pomba Gira – senhora das energias do fogo

Estas Energias são transformadas pelos Guardiões em Forças Elementais, chamadas de Forças Sutis e são coordenadas pelos Guardiões da Lei responsáveis pela Encruzilhada, são os que estão assentados a trabalho das forças Divinas, Os Sagrados Orixás.

Os Guardiões nos dão nomes simbólicos, não sendo os seus verdadeiros, porque ao dizer o nome verdadeiro deles, provoca várias oscilações e é um meio de proteção do médium, por isso não devem ser revelados sem a qualquer pessoa. Mas mesmo os nomes são chamados dentro da magia, para que suas invocações sejam atendidas, mas em segredo.


O Guardião pertencente à Linha Espiritual regida por qualquer Orixá, vai responder, com os atributos e atribuições do Maioral que rege essa Linha de trabalho.

Cada  Maioral, se agrupam conforme as forças (Orixás) que manipulam. E estas forças (Orixás) estão relacionadas aos pontos cardeais.

Esta é a Verdadeira Encruzilhada de Guardião, sendo que suas oferendas e preceitos devem sempre seguir a orientação dos pontos cardeais, pois isto é importantíssimo na magia.

A Encruzilhada de Guardião é a magia da Umbanda e da Quimbanda, as entradas e saídas da encruzilhada, pois são elas as responsáveis diretas pela manutenção da vida e pela limpeza astral do planeta.
  
As estradas que vem do  Norte e o Sul são, o Leste e o Oeste, onde  são saídas. No centro da roda está o chamado “centro indiferenciado”, que é de onde saem energias positivas e para onde são levadas todas as energias negativas do nosso planeta. Quando um indivíduo quiser revitalizar-se e realizar algum preceito,Mas  “NUNCA” o elemento sangüíneo, deve-se voltar aos cardeais LESTE/OESTE e para se descarregar deve-se voltar aos cardeais NORTE/SUL pedindo o Agô (licença) e as forças necessárias aos senhores da Encruzilhada para imantar-se ou descarregar-se, dentro da Lei e da Justiça.

A magia é planetária e responde a uma só lei. Ela está ligada a vontade e mente da pessoa, pois o bem ou o mal são condições ligadas à inteligência do espírito de acordo com o grau evolutivo. A Lei kármica pode ser acionada de acordo com os atos conscientes ou inconscientes de quem manipula as forças ocultas da matéria.

Isso é comprovado no fato de que muitas vezes o desconhecimento da existência de um karma coletivo, grupal e individual resulta na realização de atos que entram em choque com estas três leis reguladoras. Muitas vezes, a pessoa, pode achar que está  fazendo um bem a alguém, mas ao mesmo tempo pode estar  prejudicando uma coletividade. Através da magia é possível evitar que algo aconteça a alguém, mas tudo depende do karma, se a pessoa tiver, então a balança da Lei será pesada e contada, cedo ou tarde, a Lei de Causa e Efeito aliada a seus choques de retorno será acionada.


Por: Vlatima
Consultas através de e-mail: vlatimavandragan@hotmail.com
Por celular: (11) 9695-1227


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