sábado, 15 de setembro de 2012


A CIGANA CONXITA







Na cidade de Santa Cruz, na Bolivia.  Conxita estava no acampamento cigano, quando se aproximou dela, uma moça bonita, de olhos doces e voz suave, Conxita foi até e perguntou o que a moça estava fazendo ali. 
A moça disse que estava viajando para tentar a vida e ganhar dinheiro, para mandar alimentos a sua família. Nisto ,Conxita simpatizou com a moça e logo ficaram amigas, assim deixou que ela ficasse no acampamento.

Mas algo começou a incomodar Conxita, porque a aparência da moça parecia ser conhecida e sem demora perguntou:”você é minha irmã?”
A moça perguntou, para onde havia ido a irmã dela, porque achava que ela era sua irmã? - Conxita disse que ela havia abandonado o acampamento, com 17 anos e foi  procurar um rapaz, pelo qual tinha se apaixonado e nunca mais a tribo soube dela e  a moça era muito parecida com sua irmã, que naquele dia era para estar com 37 anos.

A moça impressionada, falou que a mãe dela tem 37 anos e ela é muito parecida com a mãe e nunca soubemos do paradeiro dos parentes de minha mãe.
Conxita , então resolveu acomodar a moça em uma barraca e foi falar com Boris, para informar que havia uma moça chegado ao acampamento.
Boris não gostava de estranhos no acampamento e Conxita disse que a moça era parecida com Liliaq e tinha certeza que é filha da minha irmã.
De manhã levantarão acampamento e foram para Cochabamba.

Chegando lá levantaram as tsaras(Tendas), acenderam as fogueiras e Boris mandou chamar Conxita.
Perguntou seu nome, ela disse que era Sara Rodrigues, que sua mãe lhe deu , pois é devota de Santa Sara.
Nisto Rochiel estando perto, perguntou; sua mãe tem na orelha direita uma bolinha como se fosse um brinco?-A moça espantada disse; você conhece minha mãe?

Rochiel novamente perguntou; sua mãe gosta de sentar em cima das pernas?- Ela disse que sim.
Rochiel perguntou quantos irmãos ela tinha e a moça disse; tenho mais cinco irmãos, a mais velha é Sara, o segundo é Ricardo, a terceira é Conxita e os dois  são gemêos , chamam Killiaq e Liliaq, a sexta irmã chama Elizabette ( quer dizer deusa do Sol)
O terceiro a perguntar foi Killiaq, que estava emocionado e perguntou, aonde estava a família dela; ela disse que estavão no Brasil.

Liliaq perguntou: Seu pai é bom para sua mãe? seus olhos encheram de lagrimas que rolaram pela face da moça que disse , que era muito bom, mas não teve sorte no trabalho e na hora da morte disse;
 “ Saramim, queria ser um homem rico para cobri-la de presentes, pois você o merecia. Você é a mulher mais forte deste mundo, pois, por amor a mim, deixou tudo de lado. Eu a amo e sempre irei amá-la.” Foi quando ele morreu em seus braços.
Nesta hora, os ciganos choraram e abraçaram a moça.
Bóris perguntou; Querida por que você veio para cá? 
Ela disse que foi, para tentar ganhar dinheiro e dar conforto a minha família, por causa das palavras de meu pai na hora da sua morte. Foi isso que me fez tomar esta atitude.

Todos os ciganos resolveram ajudá-la. Ela tornou-se uma cigana de fato, viajando para ali e para cá, fazendo previsões, lendo as mãos, pois ela tinha este dom desde menina e não foi difícil aprender os hábitos e a doutrina dos ciganos. Depois de três anos, ela chamou Conxita e disse:
Vou para o Brasil,  Conxita já decidi, vou trazer minha família para cá.
Então Conxita disse:

Agora é hora de nós duas conversarmos, querida Sara. Você é filha de minha irmã Lilliaq, que deixou o acampamento com o seu pai Ricardo Rodrigues. Sou sua tia; Boris, Richiel, e Killiaq são seus tios e sua mãe é gêmea de Killiaq. Quando você chegar a casa, vá com calma, para não ter problemas com sua mãe.
Sara voltou para o Brasil. Chegando a casa, contou tudo para a mãe, que caiu em prantos dizendo:

O destino tenha nos colocou de novo junto com meu povo! Será que eles me perdoaram por ter abandonado minha doutrina e minhas raízes por amor, minha filha?
Sara disse a mãe; sim, mãe; você é cigana e eles estão de braços abertos para recebê-la. Vim buscá-la, vou levá-la para junto dos seus irmãos, pois somos uma família cigana.

Ricardo não vai querer ir, já tem 21 anos e quer seguir seu caminho. Conxita está casada e já tem uma filhinha, não pode deixar o Brasil. Killiaq e Lilliaq estão com 19 anos e Elizabette tem 18 anos.
Mãe o que quer dizer Elizabette?
É a rainha do Sol, a deusa do Sol e do fogo, é o segundo nome de Salamandra, a rainha do fogo vivo.
Assim, eu, minha mãe e meus três irmãos partimos.

Chegando ao acampamento, fomos recebidos com muito amor e carinho pela nossa família cigana. Conxita e minha mãe ficaram abraçadas por muitos  minutos e o Sol mandou seu raio de luz sobre a cabeças das ciganas. O cigano killiaq aproximou-se de Saramim e disse:
Eu a perdôo por ter-me deixado. Somos filhos do vento e ele sempre traz o que levou.

Desde então, ficaram muito felizes.
Killiaq, passou a ajudar os tios a tomar conta da tribo; Sara se casou logo ficou grávida. Logo a seguir, Lilliaq ficou noiva, casando-se em breve; e. muito tempo depois, Elizabette se tornou a cigana mais famosa da Europa, sendo conhecida pelo o nome de Madame Lilliaq de Devison.

Extraído do livro: Mistérios do povo Cigano,
Autoras; Ana da Cigana Nastasha
               Edileuza da Cigana Nazira
Editora; Pallas Distribuidora Ltda.



A Cigana Conxita



Tem a pele clara e os cabelos pretos compridos, que usa presos em uma trança jogada para o lado direito.
Sua saia é estampada e complementada por uma blusa vermelha, as vezes a cigana Conxita usa blusa branca e um colete azul por cima com botões. Gosta de usar muitos cordões dourados, um deles com um pingente de topázio.


Os dedos das mãos estão sempre com diversos anéis, e usa  uma flor vermelha nos cabelos. Como todas as ciganas, Conxita  adora ganhar presentes, como flores, perfumes, onde usa para fazer suas magias.
As cartas do seu baralho, da Conxita,  tem símbolos próprios.   A cigana Conchita, é espanhola, originária da Galícia, gosta de música e adora tocar castanholas.

Quando chega à terra, tem sempre uma palavra de conforto para os aflitos, é meiga e carinhosa, usa sempre uma frase de sua criação:


 "Sou da Galícia,mas andei por várias terras”
 “Sou cigana, com muita honra, sou o amor”
”sou a flor do passado e vim ajudar  no presente;
Sou espanhola,
”Com minha saia colorida, danço rodando as fogueiras”
”Com meu sapateado amasso as negatividades”
” E coloco a paz neste lugar, onde estiver” 



Trabalho com a Cigana Conxita a muitos anos, nunca tinha ouvido falar o nome dela.
Um dia por causa de uma cliente, Elsa encorporou e disse o seu nome e de onde vinha; da “Espanha”.
Ao acordar minha cliente me relatou o que ela disse e mandou que passa-se seu nome para mim; fiquei surpresa e fui buscar na internet este nome;” ME ESPANTEI”, quando vi sua imagem,” É PARECIDA COMIGO”.
Tenho a cor dos olhos da conxita, verdes meio azulados; foi uma mistura de minha mãe morena e mineira  com italianos. Meus cabelos pretos e meio compridos, rosto amendoado. Imaginem a minha surpresa; claro que ela é mais bela do que eu, mas a semelhança é incrível.
Hoje acredito que todos os médiuns que trabalham com suas entidades, com certeza são semelhantes de fisionomia com aqueles que estão mais próximos de nós. Esta é minha história. Vlatima

“SALVE SANTA SARA”
“SALVE O POVO CIGANO”


POR: VLATIMA
CONSULTAS DE TARO E CLARIVIDÊNCIA POR E-MAIL: vlatimavandragan@hotmail.com
POR CELULAR: (11) 96951227

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

AS ERVAS DOS ORIXÁS


AS ERVAS DOS ORIXÁ







Há um sentido muito importante dentro dos cultos Afro-brasileiros para as ervas e plantas. Cada Orixá tem uma ou mais ervas  toda especial, para seus ritos oferendas.


EXÚ

Erva do diabo ou figueira do inferno,cambará,  aroeira vermelha, dormideira, pimentas (quaisquer), olho de gato, carrapicho, tiririca, alfavacão, perpétua, sapê, trombeta roxa, urtiga, maconha, branda-fogo ou folha de fogo, vassourinha ou mastruz, mamona vermelha ou verde, corredeira, coroa de cristo, cana de açúcar, arrebenta cavalo, bico de papagaio, azevinho, carurú ou bredo com espinho, tento de Exú, comigo ninguém pode, assafétida, erva de bicho, espinheiro, losna, mandacaru, cacto, palmatória de Exú, pau d’alho, fortuna, patchouli, babosa, barba de diabo, fedegoso, garra de diabo ou garra de Exú ou unha de Pomba Gira, Jamelão, jurubeba, sempre viva, tinhorão roxo.

OGUM
Romã, aroeira branca, akoko, alumã, visgo, sumaúma, cipó chumbo (Ogunjá), pinhão branco ou roxo, capixaba, espada de São Jorge, lança de São Jorge, abre-caminho, guiné, guiné pipiu, cajazeiro, dendezeiro ou màriwò, folhas de inhame cará, dandá da costa (capim e raiz), mangueira (principalmente espada), vence demanda ou vence tudo, peregum verde, agrião do brejo ou erva botão ou pimenta d’água), carurú sem espinho, araçá, costela de adão, eucalipto, goiabeira, espinheira santa, São Gonçalinho, alfavaquinha, camboatá, canela de macaco, capim limão, cordão de frade ou São Francisco, erva tostão, erva de bicho, língua de vaca, losna, mutamba, mal me quer, coqueiro, carrapeteira.

OXÓSSI
Folhas de milho e espigas, folhas de coqueiro, murici, akoko, São Gonçalinho (principalmente os mais guerreiros), visgo, pinhão branco e roxo, chifre de veado, dandá da costa, sapê, taioba (principalmente Odé Inle), rama de leite, lágrima de Nossa Senhora, guiné, guiné pipiu, acácia ou chuva de ouro, folhas de guaximba, jasmim manga, carqueja, jurubeba, capim limão, cordão de frade ou São Francisco, caiçara, guapo, colônia, alecrim do mato ou do campo, araçá, cajueiro, cipó caboclo, erva curraleira, espinheira santa, juremeira, erva passarinho, chapéu de couro, assa peixe, alfavaca, cana fita, groselha, ingá, língua de vaca, pitanga.

OSSAIN
Apesar de todos os axé das folhas, todas as folhas, pertencerem a Ossain, as folhas de fundamento do orixá e de uso mais comum para ele são:
Baunilha de nicuri ou nicurizeiro, tira teima, umbaúba branca, aroeira, akoko, cipó milomi, balainho de velho, aridan (folhas e favas), pimenta da costa, cipó chumbo, bejerecum (folhas e favas), dandá da costa, andará (folhas e favas), hibisco vermelho ou branco dobrado, quebra-pedra, erva pombinho, mamona, rama de leite, lágrima de Nossa Senhora, erva vintém, pitangueira, jurubeba, ingá, obi, guapo, orobô, peregum (verde ou rajado), barba de São Pedro ou sene, erva pita, araçá, jureminha, cacau, café, carobinha, chapéu de napoleão (folhas), erva andorinha, losna, olho de boi (folhas), louro, alecrim, alfavaquinha, amendoeira, beldroega, canela de macaco, erva tostão, folhas de ficus, folhas de fumo,  guaximba.

OMOLÚ/OBALUAÊ
Pata de vaca branca, erva passarinho, sete sangrias, rabujo, sabugueiro, cipó chumbo, jenipapo, alfavaca, canela de velho, melão de São Caetano, quebra pedra, erva moura, mostarda, cipó cabeludo, transagem, juá de capote, fedegoso, maria preta, olhos de santa luzia ou marianinha, coreana, barba de velho, jequitirana, cordão de frade ou de São Francisco, vassourinha, barba de boi, erva pita, erva de Sta. Maria, carobinha, cinco chagas, copaíba, coqueiro de purga ou de catarro, erva andorinha, erva de bicho, erva grossa, pau d’alho, kitoko, velame, cana do brejo, alumã, beldroega vermelha, crisântemo, confrei.

OXUMARÊ
Erva passarinho, língua de galinha, dormideira, amendoim, folha da riqueza (fortuna ou dólar ou dinheiro em penca), jibóia, folhas de batata doce, maria preta, bananeira, vitória régia, oxibatá, tomateiro, trancinha de Oxumarê, melão de São Caetano, coqueiro de Vênus, mutamba, parietária, rama de leite, cipó milomi ou jarrinha, arrozinho, melancia, ojuorô, samambaia de poço ou pente de cobra, folhas trepadeiras, de um modo geral.

IROKO
Gameleira branca ou Iroko, angico, abiu, barba de velho, cajueiro, colônia, jaqueira, mãe boa, cipó milomi, noz moscada, folhas de fruta pão, graviola, bananeira, mangueira, castanha do Pará, erva pita, árvores centenárias de grande porte.

XANGÔ
Folha da Fortuna, romã, umbaúba branca ou vermelha, tamarindo, erva de São João, alfavaca, xanan (aipim ou carurú sem espinho ), erva tostão, pimenta de macaco, branda fogo ou folha de fogo, azedinha ou avinagueira, campainha, jaborandi, crista de galo, gerânio cheiroso, capim fino, flamboyant, carrapeteira, cinco chagas, capim limão, alibé de Xangô (folhas e favas), orobô, castanha do Pará, vence demanda, oxibatá vermelho, urucum, cascaveleira ou xique-xique, cajueiro, camboatá, manjerona, negra-mina, salsaparrilha, iroko ou gameleira branca, kitoko, lírio vermelho, lírio branco, levante, beijo vermelho, capeba, erva prata, jarrinha ou cipó milomi, malva, para-raio, panacéia, mangericão roxo, pena de Xangô.

OYÁ
Pata de vaca rosa, fedegoso, aroeira, dormideira, pinhão branco e roxo, bambú (folhas), maravilha, trombeta rosa, erva tostão, erva prata, espada de Sta. Bárbara, lança de Sta. Bárbara, branda fogo ou folha de fogo, campainha, mutamba, gerânio cheiroso, taquari, fruta pão, para-raio, amora, maracujá, cinco chagas, oxibatá rosa ou vermelho, crista de galo, erva santa, jaborandi, peregum rajado, língua de vaca, umbaúba vermelha, carurú sem espinho, canela de macaco, capeba, erva passarinho, cipó milomi, malva rosa, negra mina, parietária, rama de leite, taioba branca.

OXUM
Abebê d’Oxum, picão, melão d’água, cipó milomi ou jarrinha, lavanda, pimentinha d’água ou oripepê, bem me quer, mangericão branco, melão, aguapé, levante, hibisco, beti cheiros, beti branco, sândalo, cana de jardim, brilhantina, trevo de quatro folhas, calêndula, erva cidreira, pata de galinha, capim fino, erva vintém, erva doce, pitangueira, mãe boa, macassá ou catinga de mulata, girassol (pétalas), erva de Sta. Luzia, oxibatá amarelo ou branco, oriri, vassourinha d’Oxum, canela, alface, assa peixe, cabelo de Vênus, botão de orunmilá, cajueiro, cravo, dinheiro em penca, dólar, tapete d’Oxum, poejo, colônia, lótus, melissa, flor de laranjeira, alfazema, lírio, amor do campo, capeba, malva branca, parietária, rama de leite.

LOGUN
Combinação das folhas de Oxóssi e Oxum (verificar os caminhos para haver o equilíbrio) + Coqueiro de Vênus, chifre de veado, comigo ninguém pode verde, peregum rajado.

YEWÁ
Maravilha, batata de purga, cana de jardim ou bananeira de jardim, oxibatá lilás, tomateiro, dormideira.

OBÁ
Vitória régia, oxibatá vermelho, tangerina, rosa vermelha, (Algumas das ervas de Oya também é consagrado à Oba)

IBEJI
Sapoti, flamboyant, quiabo, cana de açúcar, maracujá, bananeira, abacaxi, araruta, poejo, uva.

YEMANJÁ
Melão d’água, coqueiro, melancia, mangericão branco, elevante, maricotinha, beti branco, beti cheiroso, erva da jurema, erva prata, carurú sem espinho, capeba, pariparoba, taioba branca, mostarda, lágrima de Nossa Senhora, salsa de praia, azedinha do brejo ou erva saracura, mãe boa, macassá, oxibatá branco, vassourinha, árvore da felicidade (Iamacimalé), colônia, agrião d’água, camboatá (Iamacimalé), rosa branca, uva, verbena, umbaúba branca, algas, panacéia, alfazema, marcela, aguapé, condessa, dandá do brejo, malva branca, papo de peru, rama de leite, araçá da praia.

NANÃ
Pata de vaca branca ou rosa ou lilás, erva passarinho, taioba, aguapé, melão de São Caetano, baronesa ou jacinto d’água, mostarda, cipó cabeludo, maria preta, balaio de velho, marianinha, xaxim, azedinha do brejo, mãe boa, batatinha, guacuri, oxibatá lilás, arnica do campo, manacá, quaresmeira, viuvinha, umbaúba branca e roxa, vassourinha, alfavaca roxa, avenca, broto de feijão, cana do brejo, capeba, cipreste, cipó milomi ou jarrinha, macaé, rama de leite.

OXALÁ
Folhas da Fortuna, coqueiro, tamarindo, trombeta branca, oripepê, manjericão branco, erva de bicho ou folha de igbi, guando, boldo ou tapete d’Oxalá, beti branco, beti cheiroso ou aperta ruão, erva prata, mamona branca, parietária, mutamba, lágrima de Nossa Senhora, beldroega, trevo de quatro folhas, algodão, alecrim, cabaceira, graviola, salvia, erva vintém, azedinha do brejo, gameleira branca, folha de inhame cará, macaé, cinco chagas, ingá, macassá, saião, bananeira, guapo, língua de vaca, oxibatá branco, oriri, chapéu de couro, amendoeira, bálsamo, espinheira santa, benjoim, erva doce, colônia, lírio branco, jasmim, mirra, noz moscada, pixuri, uva verde, maria sem vergonha branca, oliveira, elevante, beldroega, louro, malva branca, paineira.



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A HIERARQUIA DOS EXUS


A HIERARQUIA DOS EXUS















Li este trecho, não me lembro aonde, mas quem escreveu, quando ler o meu artigo, vai saber. Diz o seguinte:


“Na maioria das religiões, tudo que é diferente entre os povos e também as fisionomias de cada um ; dizem que é por causa de Exu.”
Não concordo com isto, porque na Bíblia, quando começou os conflitos e brigas entre os que construíram a Torre de Babel, DEUS, interviu,  fazendo com que, cada um falasse linguagem  diferentes, causando então o bloqueio da construção e por fim, cada grupo, que falava a mesma língua se reuniram e foram viver em outros lugares. Desta forma é dito na Bíblia, que surgiram os países.
A entidade Exu são tão lindos, poderosos e formosos, que quando em terra já sofreram muito, agora trabalham para nos auxiliar e assim evoluírem, não aceito  coloquem esta culpa sobre suas costas. É demais né.

Pois a entidade Exú sempre foi a mais alegre e comunicativo de todos os orixás. Olorúm, quando o criou lhe deu, entre outras funções, a da comunicação, sendo o primeiro  a se servido nas oferendas dos cultos. 
Como nos cultos, de Olorúm era Exu que alegrava as festas, mas como recebeu a missão de começar a trabalhar em primeiro lugar e não poder mais fazer os cantos , então, houve a necessidade de dar a missão de alegrar as festas para “os Ogans” (tocadores de tambores).

DIA DA SEMANA DE EXU

Dia da semana: segunda-feira.

Cores: vermelho e preto.

Gêge: nesta nação denomina-se ELEGBA – BARÁ.

Domínios: caminhos, cruzamentos, alto das montanhas, etc.

Oferendas: padê, inhame com dendê, piquiri, etc


“LAROYÊ EXU”!




CARACTERÍSTICA DE EXUS

OS Exus são espíritos mais evoluídos, do pensam certas pessoas que usam do nome “Dele” para atingir objetivos maléficos, na realidade estão usando espíritos atrasados, eguns ou até mesmo Exu Pagão. O verdadeiro Exu e suas falanges, pegam esses espíritos (ou os chamados Exus Pagãos), não evoluídos e  levam  para suas falanges, para  trabalharem as visões e mentes deles para que vejam que precisam ter  a sua própria evolução. Os chamados Exu Batizado, foi uma alma humana, que, já mais doutrinada para o bem, evoluindo, trabalhando, dentro do reino da Quimbanda, Umbanda e Candomblé, podendo auxiliar e ajudar as pessoas e espíritos para evoluírem.. 
Os Kiumbas (Exus Pagãos), são espíritos zombeteiros e mistificadores, nunca confundam um Exu com esses espíritos.
Todo o Exu batizado tem a sua denominação e pontos de vibração, alguns deles servem à Obaluaiê (Exu do Cemitério). O Exus costumam, ás vezes dar consulta, mas com seriedade e outros já agem somente em obrigações, trabalhos e descarrego
(Exus da Encruzilhada): Os Exus servem aos Orixás. (os Exus da estrada), que são mais brincalhões. Eles sempre dão boas gargalhadas, porém exigem respeito, somente eles podem brincar.

AS HIERARQUIAS DOS EXUS 

A Exus  ligados aos Orixás e Exus ligados aos trabalhos das trevas. 
A divisão hierárquica dos Exus são em 3 planos e em sétimo grau, sexto grau e quinto graus.

EXUS DO TECEIRO CICLO

Exus Coroados.
São Exus da Sétimo Grau de grande evolução( que são em 7 Exus), são comandantes (os chefes das falanges). Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da  Umbanda e Candomblé.  Apenas alguns médiuns, bem preparados,  aqui na Terra, tem um Exu Coroado como o seu guardião pessoal, que são os chefes de terreiro. 

São Exus do Sexto Grau, os Chefes de Falange(que são 7Exus) para cada um Exus do 7 grau), que são subordinados a cada Exu Chefe de Legião, somando dá-se 49 Exus Chefes de Falange.

São Exus do Quinto Grau, Chefes de Sub-Falange(que são 7 Exus para cada Exu do Sexto Grau), que são subordinados a cada Exu Chefe de Falange, somando-se dá 343 Exus Chefes de Sub-Falange.

II HIERARQUIA DE EXUS

São Exus do Quarto Grau. 
São os Exus Cruzados ou Batizados, que são subordinados dos Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os que mais se manifestam nos terreiros. Tem a função de guardarem a segurança de um terreiro.

Os Exus do Quarto Grau, são os  Exus Chefes de Agrupamento( que são 7 Exus), subordinados a cada Exu Chefe de Sub-Falange, somando-se tudo,  são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.

III HIERARQUIA DE EXUS

Nesta hierarquia,estão juntos os Exus do Primeiro, Segundo e Terceiro Graus.
São duas qualidades de Exus :
Os Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados,  campo de atuação sempre entre as sombras e as trevas. 
Os Exus Pagãos (Kiumbas), subordinados aos exus acima. Estes Exus  não sabem distinguir bem a diferença  entre o bem e o mal. São chamados de "rabos-de-encruza". Porque aceitam  qualquer tipo de trabalho, não sendo confiáveis e querem um bom pagamento. 
São subordinados dos Exus de hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são castigados, e se vingam da pessoa que os mandou fazer a coisa errada.

Estes Exus são,  os que falei acima, os kiumbas, que foram capturados e doutrinados para  trabalhar sobre as ordens as dos Exus.
Os Exus Pagãos atuam  nas trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.

Os Exus do Terceiro Grau, são os  Exus Chefes de Coluna(que são 7 Exus), estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento, somando-se da 16807 Exus Chefes de Coluna.

Os Exus da Segundo Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna(que são 7 Exus), estão subordinados a cada Exu Chefe de Coluna, somando-se da 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna.

Os Exus do Primeiro Grau, são os Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de espiritos.O Orixá Ogum é o responsável pela execução da Lei, é Ele que determina aos e Exus , que missão devem cumprir.
Estes  níveis  foram gerados por espíritos ligados  com a evolução da Terra, A divisão está sempre formada "de cima para baixo" :


AS ZONAS DE LUZ DOS EXUS
São os Exus da Sétima, Sexta e Quinta Camadas, são iluminados e não tem mais reencarnação, apenas cumprem missão na Terra. 

OS EXUS DE TRANSIÇÃO DA QUARTA CAMADA 
São Espíritos elevados, que iniciaram ou concluíram  a evolução dos espíritos menos conscientes.

OS EXUS DA PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA, COM LUZ
São associadas a maioria dos espíritos que desencarnam, que estão em recuperação e aprendizagem, podendo reencarnar novamente.






 OS EXUS E OS ORIXÁS

Os Setes Exus Chefes de Falange da Espiritual de Oxalá:

Exú Sete Encruzilhadas Comando negativo da linha
Exú Sete Chaves         Comandado de Ogum
EXú SETE CAPAS         Comandado de Oxossi
Exú Sete Poeiras         Comandado de Xangô
Exú Sete Cruzes         Comandado de Yorimá
Exú Sete Ventanias     Comandado de Yori
Exú Sete Pembas         Comandado de Yemanjá


Os Setes Exus Chefes de Falange Espiritual de Yemanjá:

Pombo Gira Rainha   Comando negativo da linha
Exú Sete Nanguê      Comandado de para Ogum
Maria Mulambo      Comandado de Oxossi
Exú Sete Carangola  Comandado de Xangô
Exú Maria Padilha     Comandado de  Yorimá
Exú Má-canjira      Comandado deYori
Exú Maré              Comandado de Oxalá


Os Setes Exus Chefes de Falange Espiritual de Ibeiji:

Exú Tiriri             Comando negativo da linha
Exú Toquimho     Comando de Ogum
Exú Mirim             Comando de Oxossi
Exú Lalu             Comando de Xangô
Exú Ganga             Comando de Yorimá
Exú Veludinho     Comando de Oxalá
Exú Manguinho     Comando de Yemanjá


Os Setes Exus Chefes de Falange  Espiritual de Xangô:

Exú Gira Mundo     Comando negativo da linha
Exú Meia-Noite     Comando de Ogum
Exú Mangueira     Comando de Oxossi
Exú Pedreira     Comando de Oxalá
Exú Ventania     Comando de Yorimá
Exú Corcunda     Comando de Yori
Exú Calunga     Comando deYemanjá




Os Setes Exus Chefes de Falange  Espiritual de Ogum:

Exú Tranca-Ruas      Comando negativo da linha
Exú Tira-teimas      Comando de Oxalá
Exú Veludo              Comando de Oxossi
Exú Tranca-gira      Comando deXangô
Exú Porteira      Comando de Yorimá
Exú Limpa-trilhos      Comando de Yori
Exú Arranca-toco      Comando de Yemanjá


Os Setes Exus Chefes de Falange da Espiritual de Oxossi:

Exú Marabô               Comando negativo da linha
Exú Pemba               Comando de Ogum
Exú da Campina       Comando de Oxalá
Exú Capa Preta       Comando de Xangô
Exú das Matas       Comando de Yorimá
Exú Lonan               Comando de Yori
Exú Bauru               Comando de Yemanjá


Os Setes Exus Chefes de Falange Espiritual de Yorimá:

Exú Caveira        Comando negativo da linha
Exú do Lodo        Comando de Ogum
Exú Brasa                Comando de Oxossi
Exú Come-fogo        Comando de Xangô
Exú Pinga-fogo        Comando de Oxalá
Exú Bára                Comando de Yori
Exú Alebá                Comando de Yemanjá
Relações Existentes Entre as Linhas 

Para entender melhor a relação entre as ações das entidades que trabalham na linha da Umbanda e Quimbanda. Mostrarei agora, onde se encontra esta ligação e o nome adequado que cada linha da as suas entidades. 

Linhas da Umbanda Linhas da Quimbanda
Linha de Oxalá          Linha Malei
Linha de Ogum          Linha do Cemitério
Linha de Oxossi          Linha dos Caboclos da Quimbanda
Linha de Xangô          Linha de Mossorubi
Linha de Yorimá          Linha das Almas
Linha de Ibêji          Linha Mista
Linha de Yemanjá Linha Nagô



Há ainda outros elos de ligação entre os Orixás da Umbanda com os Exus da Quimbanda. 
No caso do Orixá Ogum, há várias correspondências com cada uma das sete 

Linhas da Quimbanda. 

Ogum de Malei         Linha Malei
Ogum Megê         Linha do Cemitério
Ogum Rompe Mato      Linha dos Caboclos Quimbandeiros
                        Linha de Mossorubi
Ogum Megê         Linha da Almas
Ogum Xoroquê         Linha Mista
Ogum de Nagô         Linha Nagô

NA LINHA DO ORIXÁ XANGÔ 

Misticismo: São Jerônimo - (São João Batista, São Pedro)
Senhor da justiça, protege seus filhos, mas também os puni, quando saem fora da Lei.
Símbolo: machado de duas faces e estrela de 6 pontas
COR: marrom
AMALÁ: 7 velas marrons e 7 velas brancas, cerveja preta, camarão, quiabo, fitas marrom. Oferece na pedreira, sobre uma pedra grande e bonita ou sobre uma pedra ao lado da cachoeira. 
ERVAS: Folhas de Limoeiro, Erva de Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira, Erva de Xangô. 
















APADRINHADOS DE XANGÔ E OMULU


Exu do Fogo
Exu Vulcão
Exu João Caveira
Exu do Lodo, entre outros.

Pomba-Giras:

Maria Padilha, Rosa Caveira, Pomba-Gira Rainha, Sete Saias, Rainha das Sete Encruzilhadas, Maria mulambo, Maria Quitéria entre outras.







Os 16 múltiplos de Exú

Exú Yangui: Exú ligado a antigas e grandes sacerdotizas de Oxun.
Exú Agbà: o ancestra.
Exú Igbá ketá: o exú da terceira cabaça
Exú Okòtò: o exú, o infinito.
Exú Oba Babá Exú: o rei pai de todos os Exús
Exú Odàrà: o senhor da felicidade ligado a Orinxa’Lá
Exú  Òsíjè: o mensageiro divino
Exú Elérù: o Senhor do carrego ritual.
Exú Enú Gbáríjo: a boca  dos Orixás.
Exú Elegbárà: o senhor do poder mágico
Exú Bárà: o senhor do corpo
Exú L’Onan: o Senhor dos caminhos
Exú Ol’Obé: o senhor da Faca
Exú El’Ébo: o Senhor das oferendas
Exú Alàfìá: o Senhor da satisfação material
Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.

Exús que acompanham vários Orixás.

Exú Akesan: comando de Oxumaré.
Exú Jelu ou Ijelu:   comando de Oxalufun.
Exú Ína: responsável pela cerimônia do Ipadé ( o ritua)l.
ExúÒnan:      comando de Oxun, Oyá , Ogun, cuida da  porteira do Ketu.
Exú Ajonan: seu culto é forte na  região Ijesa.
Exú Lálú:    comando de Odé, Ogun, Oxalá.
Exú Igbárábò:   comando de Yemanjá, Xangô.
Exú Tìrírí:     comando de Ogun
Exú Fokí ou Bàra Tòkí:   comando de Oyá e vários orixás
Exú:Lajìkí: ou Bára Lajìkí:   comando de Ogun, Oyá e as posteiras.
Exú Sìjídì:    comando de Omolú, Nanã, etc
Exú Langìrí : comando de Osogiyan
Exú Álè:       comando de Omolú
Exú Àlákètú      comando de Oxóssi
Exú Òrò:         comando de Odé, Logun
Exú Tòpá/Eruè   comando de Ossayin
Exú Aríjídì:        comando de Oxun
Exú Asanà:        comando de Oxun
Exú L’Okè:         comando de Obá
Exú Ijedé:         comando de Logun
Exú Jinà:           comando de Oxumarè
Exú Íjenà:         comando de Ewá
Exú Jeresú:       comando de Obaluaiye
Exú Irokô;         comando de Iroko








Exú foi o primeiro a nascer, é o símbolo do elemento da procriação. Mensageiro dos Orixás,  faz a ligação entre as divindades e os homens.
É um orixá, a primeira divindade a receber as oferendas, justamente para que atue como um aliado e não como um rival que perturbe os procedimentos desenvolvidos durante os rituais.

Exú não pode ser isolado, Ele é como o axé ( ele representa e transporta), participa de tudo. Segundo Ifá cada um tem seu próprio Exú e seu próprio Olorún em seu corpo. O nome de Exú é conhecido, invocado e cultuado junto ao Orixá.  É Ifá quem revela e permite-nos saber.

Exú ganhou este poder de  Olorúm, que entregou-lhe o Adó-iràn (a cabaça que contém a força que se propaga). Esta cabaça, está presente em seus "assentos", é uma cabaça de pescoço grande,  basta Exú apontá-la a algo para transmitir seu axé.
O Òkòtó representa o crescimento Agbárá  é  poder que permite a cada um se movimentar e desenvolver suas funções e seus destinos e  recebe o título de Elegbára (senhor do poder).
Oxé-tuwá, se dirige diretamente de Exú, tem a missão  de ser encarregado e transportador das oferendas( Òjise-ebo).
Exú Elegbára = senhor do poder,  contém muitas definições e funções. Comando de Ogum.
Exú Yangi = pedra vermelha de laterita, pedaços de laterita cravados na terra, onde o culto de Exú. Yangi é o simbolismo  mais importante de Exú , é assim invocado:

EXÚ YANGI: OBÁ BABÁ EXÚ
EXÚ YANGI: rei, pai de todos os Exú.
Exú Yangi é o Exú ancestral, o Exú Agbá.
Exú Àgbá : pai-ancestre (representação coletiva de todos os Exús individuais)
Exú Obá : rei-de-todos
Exú Alakétu:  rei do povo Kétu -
Exú Elebo : senhor-das-oferendas
Exú Ojìse-ebo : encarregado e transportador de oferendas
Exú Elérú : senhor do erú (carrego)
Exú Olòbe : proprietário e senhor da faca
Exú Enú-gbárijo : o que transmite as mensagens
Exú Bara : o rei do corpo
Exú Odara : aquele que guia


Exú usa a  arma, o ogó
Seu  bastão em forma de pênis, sua lança
As cabacinhas representam seus testículos.
Exú é cultuado tanto como lésè-égún, como lésè-orixá, e apenas por seu intermédio é possível cultuar os orixás e as Iyá-mi (mãe ancestre). Não é apenas Òjisé-ebo, mas principalmente Òjisé, o mensageiro, fazendo a comunicação entre tudo que é oposto.

ENTIDADE BÚZIOS

Exú
01 abertos e 15 fechados Obá
15 abertos e 01 fechados
Ibeji 02 abertos e 14 fechados Oxumaré
14 abertos e 02 fechados
Ogum
03 abertos e 13 fechados Omulú
 13 abertos e 03 fechados
Xangô
04 abertos e 12 fechados Ossaim
12 abertos e 04 fechados
Yemanjá
 05 abertos e 11 fechados Logunedé
11 abertos e 05 fechados
Yansã
06 abertos e 10 fechados Oxum
10 abertos e 06 fechados
Oxossi
07 abertos e 09 fechados Nanã 09 abertos e 07 fechados
Oxalá
08 abertos e 08 fechados Lance nulo 16 abertos ou fechados


Com efeito a relação entre Exú e Ifá, é uma realidadel, Exú está representado em um das principais emblemas característicos do culto à Ifá  (o òpón), onde  sua representação é em forma de rosto, de triângulos e losangos. É o princípio de vida individual e de Òjise ou elemento de comunicação, que Exú Bará está indissoluvelmente ligado à evolução e ao destino de cada indivíduo. Como tal ele também é senhor dos caminhos Exú Olònà, e ele pode abri-los ou fechá-los.

Exú fica à esquerda dos caminhos. O elemento procriado, é a prova do poder das Iyá-mi, é o pássaro, o Elèye. Exú foi o primeiro a usar ekódide (pena de uma espécie de papagaio) na cabeça. Alguém que coloca ekódide (pena de papagaio) na cabeça sem necessidade, provoca a cólera de Exú.
Os primeiros missionários que chegaram à África, compararam-no ao diabo, por algumas de suas formas, artimanhas e poderes atribuídos. Ele tem as qualidades dos seus defeitos, pois é dinâmico e jovial, havendo mesmo pessoas na África que usam orgulhosamente nomes como Èxúbíyìí (concebido por Exú), ou Èxùtósìn (Exú merece ser adorado).

Na histórica, Exú teria sido um dos companheiros de Odùduà, quando da sua chegada à Ifé, e chamava-se Exú Obasin. E é junto com  Orúnmilá, que preside a adivinhação pelo sistema de Ifá. Segundo, Exú, tornou-se rei de Kêto sob o nome de Exú Alákétu. É Exú que supervisiona as atividades do rei em cada cidade: o de Oyó é chamado Exú Akesan.

O Sistema de Ifá, embora bastante contestada por pesquisadores posteriores, a relação recolhida e apresentada por Roger Bastide e Pierre Verger, hoje é utilizada e até citada por vários adivinhos. 


 Assim, a ordenação aberto-fechado determina que Orixá está falando e o espaço entre os búzios indica o que ele está dizendo, o que está acontecendo à pessoa, não apenas em relação aos seus Orixás, “os donos de sua cabeça”, mas também como outras entidades estão influenciando positivamente ou negativamente em sua vida.  São propostos trabalhos e obrigações para o re-equilíbrio energético da pessoa em consulta.

As respostas são decifradas através de lendas e das estórias dos deuses que, são transmitidas de geração em geração através da tradição oral. O jogo requer bastante intuição para interpretar as diferentes caídas formadas por eles, mas também um conhecimento oral do conjunto da tradição mística dos Orixás. O sacerdote de Ifá era, chamado de Babalawô.  Eles tinham o aprendizado de séculos de conhecimento armazenado pelo culto. 


SIMBOLISMO NO CANDOMBLÉ


O Candomblé é um conjunto audiovisuais, degustativos, olfativas e táteis (as comidas, incensos e ervas). Usadas através de oferendas e sacrifícios, com linguagens específicas para nutrir de energia, o Axé. 
 Ao processo ritualístico é pela, energia de um Orixá, chama-se “assentamento”. Onde é utilizado  objetos (pedras, amuletos, instrumentos ritualísticos) que representam cada Orixá, depois de um ritual. É comum o uso do Òtá (pedra). Ele fica mergulhado em líquidos e substâncias, guardadas em quartinhas vedadas com panos coloridos e com símbolos bordados, dependendo do Orixá.
Os líquidos mais comuns são o mel, o azeite-de-dendê e a água macerada com ervas do santo. São utilizadas águas de diferentes procedências: água do mar, dos rios, da chuva, etc., Os líquidos ou “Abós” são preparados ritualmente com algumas gotas de sangue animal e com cantos secretos feitos apenas pelos Babalorixás. Mas  na água de Xangô é usado um preparo a  partir de uma “pedra de raio” (meteorito), em que o Otá é que imanta o líquido da quartinha. 
  
  

ORIXÁ SUA COR SAUDAÇÃO DOMÍNIO ELEMENTO

Oxalá 
                  Branco           Axé Babá!  A Criação        O CÉU
Yemanjá 
             Branco e Prata     Odoiá!    A Maternidade      O MAR
Iroko
             Branco e Cinza Iroko i só! O Tempo   GAMALEIRA (árvore)

Oxumaré
       Vermelho e Amarelo Arô Boboi!    os Opostos    O ARCO-ÍRIS E A COBRA
Omulú
          Branco e Preto Atotô!   Sofrimento e dor A DOENÇA
 Nanã Burukê 
              Roxo                Salubá! A Morte        LAMA, LODO PÂNTANOS
Ibeji
    Várias Cores Vivas Bejê Orô!  Os Jogos      CRIANÇAS
Logunedé
     Amarelo e Azul Claro Logum ou Oriki! A Caça e a Pesca RIOS E FLORESTA
Obá 
      Amarelo e Vermelho    Obá Xireê! A Culinária CACHOEIRAS
Oxum 
           Amarelo           Ora ieiê!     A Beleza     ÁGUA DOCE
Iansã 
    Marron Avermelho   Epahei!       Os mortos     A TEMPESTADE
Xangô
    Vermelho e Branco Kauô-Kabisselê! Raio e Trovão (Justiça) PEDRAS E MONTES
Ossaim
     Azul e Vermelho        Ue-eô!      Cura e Liturgia      FOLHAS
Oxossi 
     Verde e Azul Claro Okê Arô! Animais da Floresta     MATAS
Ogum
     Azul Escuro    Ogunhê!    Caminhos e Guerra     FERRO
Exú
    Preto e Vermelho     Laroiê! Portas e Encruzilhadas FOGO

Todos os assentamentos são periodicamente alimentados por sacrifícios e oferendas de cada entidade, de forma a reenergizar seu Axé. Tal energia é armazenada nos pontos centrais do terreiro e utilizada  para imantar novos objetos ritualísticos ou para a manifestação das entidades em seus filhos. O “assentamento” é à pedra fundamental do terreiro (onde por ocasião da inauguração são enterrados diversos objetos referentes ao santo da casa) e ao processo de iniciação ritual de um filho no santo ( Iaô), para designar o momento em que a força  do Orixá é fixada na cabeça do Iaô; são três tipos de assentamentos  e três processos de realimentação energética.

Todos os candomblés tradicionais têm assentamentos na casa, aqueles pertencentes ao Orixá, que o terreiro é dedicado. Estes assentamentos são enterrados por ocasião da cerimônia de inauguração do local, na pedra fundamental da casa ou sob o “Ixé”, um mastro central onde se asteia a bandeira com os símbolos gráficos do Orixá padroeiro. Na entrada de todos terreiros, costuma existir uma Gameleira-Branca, árvore consagrada a “Iroko” (o Tempo), que é plantada segundo rituais prescritos e também deve ser considerada um assentamento da casa. Este Orixá responde pelas mudanças climáticas e meteorológicas, é uma espécie de guardião do terreiro. Caso exista no local a presença de outras forças naturais (cachoeiras, rios, pedreiras, etc.) também podem haver assentamentos específicos para os Orixás correspondentes
OBRIGAÇÕES 

De uma forma geral, estes assentamentos são alimentados de “Ossé” anual, que é uma grande festa de limpeza do altar e de todo terreiro. Quando são servidos alimentos ritualísticos especiais para todos os Orixás e nas festas públicas de cada um dos santos, conforme o calendário  tradicional. Apesar do caráter Afro das culturas africanas, o calendário original do candomblé era marcado pelos eventos das quatro estações climáticas, com o solstício de inverno (junho) dedicado aos principais Orixás masculinos (Ogum, Xangô, Oxalá) e o solstício de verão (dezembro) consagrado aos Orixás femininos (Iansã, Oxum, Yemanjá). Nunca houve um único calendário para o culto dos Orixás. No Brasil, a fiscalização que os feitores das fazendas onde trabalhavam os escravos africanos, exerciam e a repressão em geral aos cultos do candomblé. Fizeram com que os negros adaptassem os cultos dos Orixás as datas das cerimônias católicas.   

DATA SANTO DO DIA CELEBRAÇÃO

20 de janeiro São Sebastião Festa de Omulú (BA) 
e Oxossi (RJ)
02 de fevereiro N. Sra. das Candeias Festa de Yemanjá (BA)
23 de abril São Jorge Festa de Ogum (RJ)  
e Oxossi (BA)
13 de junho Santo Antônio Festa de Ogum (BA)
24 de junho São João Batista Festa de Xangô
29 de junho S. Pedro e S. Paulo Festa de Oxalá
26 de julho N. Sra. de Sant’ana Festa de Nanã Buruku
24 de agosto São Bartolomeu Festa de Oxumaré
27 de setembro Cosme e Damião Festa dos Ibeji
30 de setembro São Jerônimo Festa de Xangô
02 de novembro Finados Festa de Todos os Santos
04 de dezembro Santa Bárbara Festa de Yansã
08 de dezembro Virgem da Conceição Festa de Oxum


Existem ainda no âmbito do terreiro: a tronqueira, o assentamento do Exú protetor da casa, e o Ilê-Saim, a casa dos mortos (eguns) que ainda estão identificados à vida material. Esses assentamentos, que ficam sempre fora da área do terreiro consagrada aos Orixás, não são alimentados anualmente, mas sim conforme o ciclo lunar de 28 dias e o ciclo diário das marés. No candomblé, o Exú é a entidade que apresenta a freqüência mais densa do plasma (vermelho e preto), a única capaz de estabelecer uma ligação entre os homens e os Orixás. Por isso, ele é requisitado para iniciar todas  as operações rituais do culto. Cada Orixá tem seus próprios Exús, que funcionam como servos ou mensageiros, possibilitando o contato com as entidades. Portanto, antes de qualquer oferenda para os santos, também é sempre feito um sacrifício aos Exús correspondentes. 

O objetivo destes sacrifícios é manter atuantes os axés dos assentamentos, as forças místicas dos Orixás. O sangue, juntamente com o álcool e a sexualidade, são veículos materiais que emitem as vibrações indispensáveis aos Exús e aos desencarnados em geral atuarem no plano material e também, aos homens penetrarem em outros estados de percepção e consciência.

O assentamento de um Orixá em  um ser humano é realizada através de um processo cerimonial chamado de “iniciação”. Nestes processos o iniciado esteja momentaneamente desarmonizado. Além das cerimônias anuais do calendário, existe um dia da semana consagrado a cada Orixá, que pode ser usado para a entrega de obrigações individuais, feitas de comidas ofertadas e da realização de sacrifícios animais.

As restrições alimentares também condicionam simbolicamente esta identidade permanente entre os homens e os deuses: as proibições consistem em não consumir as substâncias que vibram na mesma freqüência do santo a que se está identificado. Apenas no processo de iniciação estas substâncias são ritualmente ingeridas. Após este período, as comidas características de cada Orixá são proibidas a seus filhos. Caso o indivíduo não obedeça a estas  restrições alimentares a que se encontra submetido e coma-as, desobedecendo o tempo de preceito, ele sofrerá as quizilas (sensação de nojo, mal-estar). 
Também à os motivos da supervisão da identidade psíquica entre o Orixá e o iniciado, eram considerados proibidos os casamentos entre os filhos de um mesmo santo. Na África, visto que os candomblés eram verdadeiras identidades étnicas e haverem laços reais de parentesco entre os grupos que cultuavam uma mesma entidade, esta proibição tinha um sentido genético e cultural.

Mas não se deve pensar que os homens são prisioneiros de um comportamento de meros instrumentos passivos dos deuses: “o santo também é possuído por seus filhos”, que têm um papel ativo, tecendo relações complexas entre os Orixás e a comunidade, multiplicando as relações entre as próprias entidades. O discurso dos iniciados traduz esta reciprocidade claramente. Do mesmo modo que se fala do “seu santo”, costuma-se comentar também que se é o próprio santo, “o Xangô de fulano é rebelde”: “Beltrano é um dos Ogum da casa”. Ou seja: ao mesmo  tempo que os deuses são designados como propriedades dos seus filhos, os iniciados também são propriedades dos Orixás com que estão identificados. Ocorre, assim, um jogo constante de trocas entre o indivíduo concreto e o princípio místico que ele manifesta. Há uma reciprocidade simbólica muito dinâmica entre a entidade e a pessoa.

É esta reciprocidade que se desenvolve simultaneamente em três níveis: o ciclo anual de “firmeza da casa”, o ciclo mensal de realimentação energética dos fetiches e dos abôs, e o ciclo semanal das obrigações individuais dos iniciados.